É um tornado do caramba, pegar as malas e seguir.
É um tornado do caramba, embalar as roupas, ligar pro frete, juntar os livros, as fotos, os cadernos do colegial... Estragar a coluna, já não muito boa por conta do sedentarismo, ajudando o carinha pôr a cama no caminhão. Engraçado como a gente passa tanto tempo numa casa, para no final só levar a cama. Ahh, tem aqueles trocados que juntamos para ir ao show da banda preferida, que sabe-se lá quando vai voltar ao país para uma nova turnê e que não vai dar pra ir, já que o frete é tão caro e o aluguel do novo lar, também. Faz parte sucumbir nossos sonhos para sobreviver. Às vezes eu me esqueço que meu primeiro sonho foi ser adulta, o de ver minha banda preferida foi o penúltimo. É um alvoroço, não nego. Mas quando a gente se recupera, dá vontade de chorar de orgulho do cheiro, daquele tapete novo, do jogo de panelas... Nem o quarto de antes, tem tanto você quanto o seu próprio lugar de agora. Não é mais a lei de ir e vir quando bem quiser, comer o que quiser, d...