Doce de Amendoim
Descobrir um cofrinho escondido entre uma ferramenta e outra, era como conseguir alcançar o baú de tesouros no final do arco-iris antes que ele desaparecesse. Como eu o encontrei? Não sei ao certo, mas bem provável que tenha sido quando estive procurando por alguma coisa que pudesse firmar a casinha que eu estava construindo. Acho que meu pai não levou em conta a minha façanha em prender panos e erguer gambiarras para que eu me enfiasse dentro e, escondeu o cofrinho num lugar fácil pra mim, que mexe em tudo. Sabe aqueles cofrinhos que parecem conter todas as moedas do mundo? Era ele! Tão pesado e infinito que não saia do lugar com a minha força. Devo ter enriquecido umas mil vendinhas na minha infância. Talvez eu tenha sido a maior cliente das fábricas de doces de amendoim da época. Me amavam sem nem me conhecer, certeza! E faziam um cada vez mais gostoso que o outro, só pra me agradar. Se meu pai soubesse que eu enxergava doces no lugar de moedas, nunca teria m...