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Mostrando postagens de julho, 2017

Nadador

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Aspiro tudo a minha volta Depois expiro urgente, meio fatigado e estupefato. Descontrolado na ira, no amor... Seja lá o que for. Nada é raso por aqui. Tudo transborda. O que imerge em mim, aponta o nariz e está no morno; na banheira, com vinhos e sais de acompanhante. Vagas horas ele desponta, plagiando a erupção, Corroendo coisas à volta ou as erguento. Tô perdido na condição de são. Julgo ser um tolo; cultivando e banhando o que me mata, controlando o que expiro, do que é difícil manter quieto na mente, o meu pulmão. (Marquesando)

Oralidade

Meus lábios são toda a cor; São pincéis que pintam todos os traços Dos teus traços. Coxas, Pernas, Braços, Aonde ele alcançar no calor. São feito acabamentos, Que suave se pinta na pele Pelas curvas do pudor. Ora, meu amor; Te esculpir com a saliva, Pelas voltas da língua É só mais um dos Meus dotes de galanteador. Estes lábios Será sempre seu melhor desenhista Quando se tratar do nosso caso De não amor. (Marquesando)

Pássaros.

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Qualquer mensagem E um pássaro de mim, Foge. Toda vez que ela me chama de ‘menino’ Um sorriso em meu rosto desponta. Feito flor, Que quando cuidada, Nasce. E ela me pergunta: “ouviu a nova música do switchfoot?’’ O que meus lábios não dizem, Meus olhos entregam. E eu me pergunto: “Ela se lembra como?” – Eu mal me lembro da que escolhi pra chamar de “nossa”. Não nos vemos faz tempo, Mas cada ‘olá’ É um abraço, Como o da última vez; Que faz de dentro de mim, Mais um pássaro fugir.