Carta pra Maria
Olha Maria, tempos não te escrevo, perdoe-me. Ando sem tempo até pra mim.
Você se afastou de um jeito tão sutil que peco em não me irritar, achar térnuo o seu jeito de partir e me dilacerar por dentro.
Veja esses olhos indo, indo, indo igual passos de formiga, pra longe de mim. Veja como são lindos, um cristal cheio de enigmas, ímãs natos da sedução pra mim.
Esse sorriso que mais parece o sol indo, se pondo no ribeirão. Sorriso cortante, porém aonde existe o mar em que muitas vezes me afoguei. Como despedir dessa boca? Desse lábio sem chorar uma multidão?
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