Francesa
É difícil levar a vida nas costelas, abaixar e sentir o peso da velhice. O peso do sedentarismo, do cigarro, da bebida.
A imprevisão de não saber se amanhã eu vou estar, e angústia de nunca saber de nada.
Passar dias imaginando a vida, e chega um em que eu não consigo pensar, só tentar saber em como sobreviver, se vou sobreviver.
Não vou mentir, queria eu, durar pra sempre. Estar sempre, cuidar sempre... De alguém.
De nunca ir, sempre ficar... Porque deixar, parte um.
Mas eu não quero pensar nisso, não agora.
Eu sei, que por ela eu tomaria os meus antibióticos, não fumaria durante as tão duas semanas que se pede, direitinho, como se deve ser.
Eu não beberia,
eu cuidaria mais de mim.
Eu escutaria mais The Kooks, baixaria até algum álbum deles.
Assistiria mais filmes de sereias... Desenhos.
Cuidaria mais da minha família, ficaria mais em casa.
Seguiria a risca a dieta do nutricionista,
Marcaria sessões no psicólogo,
Voltaria a estudar francês,
tocaria mais violão,
escreveria mais poemas,
desenharia mais as minhas paredes.
deixaria a insegurança de lado,
acreditaria mais...
Seria alguém melhor e mais forte.
Cuidaria mais de mim pra que ela nunca ficasse só.
(Boteco de Sentimentos)
(Boteco de Sentimentos)
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