repetimos,
feito um disco arranhado que para no meio de uma melodia,
ou como um eco no meio da montanha.
Martelamos,
cinco ou seis vezes mais do que necessário para perfurar,
amassou a madeira.
Enchemos o recipiente de nós mesmos até não haver mais
espaço,
não consegui me movimentar.
Reviramos o passado como um andarilho revida o lixo para
comer.
Expomos os nossos medos;
Transbordamos o que já se foi.
Desperdiçamos o agora.
E então, de tanto ser de mais, não conseguimos ser muito
do melhor que podíamos ser.
Tivemos abundância no que julgamos faltar.
Deixamos esvair o que possuíamos.
Tivemos atenção na pressa.
Quase nada no cuidado.
(Thaysminy Marques)
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